Afinal, o que é realmente pressão da torcida
Opinião sobre fala do técnico santista repercute mal entre a torcida.

Olá meus nobres, queria fazer minha primeira publicação do "Futebol com Paixão" falando de coisa boa, mas futebol é polêmica e esse final de semana foi o que não faltou. Vou destacar uma, da qual acredito que pode entrar no hall das "palavras erradas, nos momentos errados".

Vamos lá, após a partida contra o CRB (onde saiu derrotado por 2 a 0), o técnico Fábio Carille participa da tradicional entrevista coletiva e faz uma declaração no mínimo comprometedora:

"Não são só vocês que vêem, eu também vejo. Pressão maior de 2011 da derrota do Corinthians para o Tolima, e a continuidade do Tite, vocês não sabem... não sabem o que é pressão".

Dizer que pressão foi o que aconteceu em 2011, em um rival, não é a maneira correta de estabilizar um clima de tensão e ainda tem o pior: gera inúmeras interpretações - ruins - que vão desde menosprezo pela torcida (principal entidade do clube) até mesmo uma premissa de que vai continuar fazendo um trabalho que passou por várias contestações, desde a contratação, com resultados que deixavam a torcida em dúvida da possibilidade de conquistar o acesso.

Isso leva a outra interpretação ainda pior e que deve ser observada: então, pressão é ser ameaçado de morte, não conseguir sair de casa, ficar com medo de um familiar ser atacado, ser hostilizado toda santa vez que entrar no estádio? Desculpa Carille, a torcida do Santos até tem uns 'infiltrados' desse porte, mas boa parte da sua torcida é diferente.

Acompanho o Santos desde 1995 (siim) à distância e perto o comportamento da maioria dos torcedores é a mesma: vão torcer, esperam mais um futebol ofensivo e bonito do que mesmo uma vitória, aguardam com alegria por ver um garoto vindo da base, estrear e fazer belas jogadas, gols e se tornar um grande astro, isso, é o verdadeiro torcedor santista.

Se a intenção era ter um argumento para não continuidade no clube, então ele acertou no alvo. Agora cabe a diretoria santista mostrar se realmente existe pressão ou não ao permitir a continuidade de alguém no time que trata a torcida (repito, maior entidade do clube) como algo qualquer e que até acaba incentivando para que protestos e pressão possam passar para o lado da agressividade.

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